Friday, May 12, 2006

Eu não sei nada de política, mas também não jejuo.

Quem me conhece sabe que eu não sou uma pessoa lá muito ligada em política. Apesar do meu ancestral familiar legislativo, nunca me enveredei por esses campos e posso me considerar uma quase ignorante no assunto. Depois do mestrado meus olhos estão um pouco mais abertos sobre o atual governo no Brasil e também alguns da América Latina, e posso dizer que hoje em dia, eu estou bem informada sobre os assuntos políticos do lado de baixo e de cima do Equador, e do direito e esquerdo de Greenwich.

Apesar da falta de conhecimento político, nunca gostei do Garotinho. Hoje então, quando li a coluna do Tom Philips no Guardian sobre a greve de fome, quase morri de indigestão enquanto comia meu café da manhã. Acho esse cara um oportunista de marca maior, um rebelde burguês e sem causa e agora. Vá fazer greve de fome lá na casa da dona Rosinha! Não sei o que é mais triste nessa história toda: a jornalista que foi ferida por um segurança do rapaz, a mídia que cobriu o assunto, a falta de comentário da Veja sobre a autorização do direito de resposta, ou a atitude pré-eleições de um cidadão candidato a presidente do Brasil.

O jornalista Ricardo Kotscho até comentou no site No Mínimo a falta de sinais de campanha para as eleições deste ano, pelo jeito, Garotinho pegou pesado na corrida para as eleições presidenciais. Greve de fome seria o novo marketing político usado no Brasil? Ah, se Duda Mendonça soubesse...

Entendo o frisson, a importância de se rebelar contra as Organizações Globo, e tudo mais. Mas não entendo um homem que quer ser presidente do Brasil chegar a esse ponto. Não entendo o Brasil chegar a este ponto. E nem ele ter chego tão longe com uma carreira política tão medíocre.

Mas repito, sou ignorante no assunto. Pouco sei sobre política, mas não consegui ficar quieta sobre esse assunto e me perdoem se o desabafo soou ingênuo. É que eu dispenso uma greve de fome e quero mais é saber de projetos políticos, sociais e oxalá culturais.
E saco vazio não para em pé, minha mãe sempre dizia.